Incentivo à pesquisa e projetos de inovação são revertidos à população

Incentivo à pesquisa e projetos de inovação são revertidos à população

É evidente o impacto gerado por uma instituição de ensino superior para o desenvolvimento regional. Como consequência da oferta de novos cursos, ocorre em muitos casos, um alto impacto direto na economia e no mercado de trabalho de uma região. Mas o papel das universidades não se restringe a este cenário, fomento à pesquisa e projetos de inovação são também revertidos à população.
Um exemplo de como projetos universitários podem contribuir significativamente para o desenvolvimento regional já ocorre em Roraima. Em paralelo a um Workshop de Inovação, Startup e Empreendedorismo, entre 28 de novembro e 10 de dezembro, foram apresentados mais de 60 projetos de pesquisas desenvolvidos por alunos dos cursos de Engenharia e de Sistema de Informação. Dentre os trabalhos apresentados estão projetos de avaliação das instalações elétricas do Hospital Geral (HGR), aplicativos para auxiliar alfabetização de alunos autistas e jogos virtuais para o ensino de matemática na educação básica, dentre outros.
Um dos trabalhos apresentados demonstrou o real impacto à sociedade após implantação de um projeto universitário. Executado com êxito, o sistema beneficiou diretamente a comunidade escolar da Vanda da Silva Pinto, escola estadual de ensino médio, localizada no bairro Santa Luzia, Zona Oeste de Boa Vista. Alunos e professores já tinham construído uma horta para atender a merenda escolar. Mas o projeto de irrigação contou com a participação da acadêmica de Engenharia Civil da Estácio, Ingrid Alves da Silva e seu orientador, o professor Emerson Lopes de Amorim.

O professor de Engenharia reforça que levar benefícios para a população é uma das funções das instituições de ensino superior. “A academia é o lugar onde os acadêmicos e pesquisadores desenvolvem grandes trabalhos, e esses trabalhos podem melhorar a vida da comunidade. Não é para ficarem guardados dentro da universidade. E essa é uma preocupação constante do corpo docente de Engenharia da Estácio da Amazônia: trabalhar projetos que sejam voltados para melhoria de vida da população”, ressalta.
O Projeto

Além de inovador, o projeto contou com uma solução sustentável para a escola. Foram utilizadas as centrais de ar-condicionado como fonte de água reutilizada e, um sistema de drenagem, possibilitou a irrigação da horta. Foram necessários apenas sete, das 22 centrais para montar o sistema. Desses equipamentos, a escola gera por dia 168 litros de água, totalizando mais de 440 litros de água para reutilização durante uma semana.

Ingrid ressalta que, além da solução sustentável apresentada à comunidade escolar, o projeto também estimulou alunos e professores da escola a desenvolverem um sistema similar em suas residências. A partir da colaboração dos estudantes da Vanda da Silva Pinto na construção do sistema na escola, foi possível transmitir, na prática, o conhecimento necessário para desenvolver o projeto também em suas casas.

“Houve uma preocupação em fazermos algo diferente, inovador, mas que, principalmente, fosse voltado para a sustentabilidade e trouxesse melhoria para quem é atendido pela escola. Pesquisamos na cidade e nenhuma outra escola possui um sistema como o nosso e repassamos esse conhecimento para que a comunidade escolar possa fazer em suas próprias residências”, comemora.