Levar os filhos para comprar cria memórias afetivas e estimula aprendizado

Passado as festas de final de ano os pais começam a pensar e fazerem as contas para a compra do material escolar para a volta às aulas. E muitas vezes para economizar acaba deixando os filhos e filhas em casa.

Mas, segundo a psicopedadoga Graciela Ziebert é muito importante que o pai insira o filho ou filha nesse momento. Que segunda ela além de criar memórias afetivas, ajuda no aprendizado deles. “Quando falamos em compra é importante que a criança seja inserida nesse cotidiano familiar, mas sempre condicionando e combinando com a criança o valor que vai poder ser gasto, e com isso ele terá até mais cuidado com aquele item escolhido por ele mesmo e terá mais autoconfiança, principalmente no escolher, pegar e sentir esse material”, explicou.

Muitos pais acabam não tendo noção de como é importante a relação do dinheiro com a educação financeira do filho, que deve começar em casa para ela compreender o valor do material escolar, do brinquedo, compras de supermercado.

“Para ser algo dinâmico, uma excelente ferramenta que ajuda a criança a entender que o dinheiro é limitado, que será necessário fazer escolhas e que, ao fazer escolhas, em alguns momentos será preciso renunciar a algo. Como resultado, os filhos podem desenvolver autoconhecimento e aprenderão a ter prioridades, gastando o dinheiro quando necessário.”, relata a psicopedagoga.

“É importante passar limites para os filhos, fazendo cálculos com a criança para que ao ter noção financeira de que nada é de graça e o material tem um valor. Essa participação da criança com a família cria laços afetivos, aquele momento de ir a loja e escolher o material. Atualmente, com a correria do dia a dia, os pais muitas vezes acabam por não passar um tempo de qualidade com os seus filhos e esse é um momento que acaba por marcar essas crianças, gerando um sentimento de segurança, de confiança e pertencimento, o que no futuro ajudam a torna um adulto responsável e consciente,” conclui.

Essa recomendação da psicopedagoga já é seguida por Luiz Almeida, de 50 anos, que sempre leva os filhos para fazer a compra do material. “Eu opto por fazer isso até por conta das especificidades dos materiais que eles utilizam na escola, como eles que estão no dia a dia da sala de aula, então eles sabem o item necessário”, disse.

Para a promotora de Justiça Érika Michetti, levar o filho para comprar os materiais é uma forma de exercitar a autonomia dele. “Já estou o preparando para ser independente, então ele é quem sempre escolhe o material que vai ser comprado”, contou.