No Dia dos Namorados, psicólogo compartilha dicas de como lidar com a solidão e o luto

Junho sempre é lembrado pelas pessoas como o mês dos namorados e, durante o período, as propagandas, as redes sociais e o comércio acabam se voltando para a celebração. Apesar disso, devido à pandemia e o isolamento social, muitos cidadãos estão sem um relacionamento afetivo ou, ainda pior, enfrentando o luto pela perda de uma pessoa amada. O psicólogo Ricardo Botta, docente da Estácio, compartilha dicas para quem vai atravessar a data sozinho e com sofrimento emocional. 
“Para quem assume o papel de um mero espectador das comemorações alheias e sente que o Dia dos Namorados não lhe faz sentido, pelo menos neste ano, é fundamental treinar um processo de pensamento alternativo, mais positivo e otimista”, ele afirma. “É necessário focar a atenção nos aspetos positivos das relações que já teve, mesmo que estejam agora terminadas, procurando identificar as aprendizagens que retirou. Além disso, no caso das pessoas solteiras, é benéfico identificar os benefícios em estar sozinho e em conseguir para si mesmo um tempo e um espaço para introspecção e autoconhecimento. Por isso, fazer terapia é importante.”
De acordo com o profissional, os sentimentos mais negativos podem ser mais difíceis de gerir pela dificuldade de envolvimento em atividades sociais ou de lazer – uma consequência acarretada pela pandemia. Estes momentos de interação social e alívio do estresse desempenham um papel crucial na regulação emocional. 
Segundo ele, é natural que haja uma demora no reajuste à nova realidade e resistência para conhecer novas pessoas. Outro ponto que afeta o psicológico é a própria insegurança para conversar e a ausência de confiança nos atributos para conquistar um novo par, o que ressalta a importância do autoconhecimento através da reflexão e acompanhamento especializado. 
“Gostar mais de si, aceitar as nossas forças e vulnerabilidades ,e aprender com os erros e as experiências passadas, num processo de crescimento contínuo, seguramente contribuirá para o estabelecimento de relações de afeto positivo com as outras pessoas. Se serão relações amorosas? Não sabemos. Mas vale a pena esperar para ver”, ele conclui.