Feriado de Páscoa chegando e os famosos ovos de chocolate, barras e produtos derivados com os mais variados sabores, preços e tamanho, lotam as prateleiras dos supermercados e lojas especializadas prontos para serem comprados e devorados. Contudo, para aproveitar o feriado de forma saudável alguns cuidados devem ser seguidos, e a nutricionista Flávia Gonçalves, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário Estácio da Amazônia dá dicas de como comer chocolate sem riscos à saúde.
Evitar comer chocolate durante a Páscoa é um verdadeiro desafio e para quem está seguindo dieta e quer comer o doce sem culpa o desafio é dobrado. Nesses casos, a nutricionista recomenda prudência no consumo. “Devido ao valor calórico elevado, o consumo de chocolate deve ser feito com moderação, no máximo 30 gramas ao dia. Lembrando que quantidades são individuais, o nutricionista é o profissional habilitado para a prescrição dietética e poderá ajudar na composição da dieta”, explicou Flávia.
Segundo ela, a escolha do tipo de chocolate também conta para quem deseja consumir o doce de forma adequada e é bom evitar encher a geladeira e comer grandes quantidades de chocolate apenas por empolgação. “Melhor consumir quantidades pequenas e de boa qualidade e antes de comer sempre pensar em que tipo de prazer está buscando: imediato ou duradouro?”. “O ideal é optar pela versão amarga, que contém cerca de 50% a 85% de cacau, pouco açúcar e maior teor de antioxidantes. As versões acima de 70% cacau são as mais indicadas, lembrando que não é porque é a versão amarga que pode comer uma barra inteira”, informou.
Conforme a nutricionista é interessante deixar para comer o doce após as refeições e antes da compra dedicar um tempo para a leitura dos rótulos. “Antes de degustar a sobremesa aposte em uma refeição rica em proteínas e fibras. É importante prestar atenção aos rótulos e evitar os excessos de açúcar e gordura. Os ovos de Páscoa com oleaginosas como avelãs, castanhas e amêndoas, embora calóricos, são mais bem-vindos. É importante ter atenção às versões trufadas e recheadas, que deixam os ovos mais calóricos, sem um benefício nutricional agregado”, apontou Flávia.
No caso de pessoas com algum tipo de restrição alimentar como os diabéticos, a nutricionista recomenda a leitura da lista de ingredientes antes do consumo. “Os diabéticos podem optar pela versão diet ou zero açúcar, porém, para que o chocolate diet tenha uma consistência mais palatável e adequada, ao retirar o açúcar, aumenta-se um pouco a quantidade de gorduras e, com isso, pode eventualmente ter mais calorias. Em todos os casos a moderação é a chave para a alimentação saudável”, completou.
Tipos de chocolate – Para fazer boas escolhas é importante entender a diferença entre os tipos de chocolates. Amargo: É o que traz a maior concentração de cacau puro, que pode chegar até a 80% da fórmula. Por não haver leite, tem cor escura. Como o próprio nome diz, é amargo ao paladar, pois possui reduzido teor de açúcar. Meio-amargo: Também é de cor bem escura, por não conter leite entre os ingredientes. É feito com 50% de cacau. O sabor amargo é suavizado pela presença do açúcar. Ao leite: É o tipo de chocolate mais consumido do Brasil. Possui entre 20% a 40% de cacau (incluindo a manteiga de cacau, que tem cor amarelo-clara), açúcar e leite. Branco: Não possui massa de cacau na fórmula, daí possuir a cor clara. É feito apenas com a manteiga do cacau, açúcar e leite. Diet: Possui os mesmos ingredientes do tradicional chocolate ao leite, mas o açúcar é substituído por adoçantes.