Na sua opinião, o WhatsApp deve ser liberado para uso no ambiente de trabalho? Essa foi a perguntar do EducaRR para a especialista em gestão de pessoas Victória Fortes, professora do Centro Universitário Estácio da Amazônia.
Para ela, essa liberação deve acontecer apenas se o aplicativo for uma ferramenta de trabalho. “Existem atividades profissionais que usam a ferramenta como meio de se aproximar dos seus clientes e tanto que também tornou-se um canal de vendas. Mas se não é o caso da sua empresa, a restrição é necessária”, afirmou a especialistas, que complementou: “Houve um tempo que a educação era responsabilidade apenas da escola. Hoje a educação dos trabalhadores que queremos é também responsabilidade das empresas”.
Um dos maiores riscos desse uso indiscriminado, segundo ela, é a baixa produtividade. “É o maior problema que qualquer rede pode provocar, quando utilizada de forma inadequada. A conectividade fez as pessoas se colocarem na obrigação de responder imediatamente qualquer interação na rede. Se o seu trabalho não depende de uma rede social, use com moderação no ambiente de trabalho”, ponderou.
Questionada sobre as situações em que o aplicativo de mensagens instantâneas possa atrapalhar o bom andamento do serviço, ela responde: “No geral, se você recebe muitas mensagens, fica-se tentado a olhar o celular com maior frequência. O certo é policiarmos o uso, deixar o celular no silencioso e reservar apenas o intervalo do trabalho para responder as mensagens”.
Victória explica que muitas empresas estão restringindo o uso do aplicativo, uma vez que o bom senso deixa de ser usado pelo colaborador. “Há empresas que proíbem o uso do celular no ambiente de trabalho. Permitindo apenas o colaborador a receber ligações urgentes no número comercial”, apontou.
Já o e-mail institucional, conforme ela, como o próprio nome diz, é institucional, brinca Vitória. “No entanto, observar as regras da empresa e se a mesma não tratou esse assunto em seu regimento interno, deve-se manter a formalidade, e o uso correto da língua portuguesa. Utilizar apenas para o uso restrito ao trabalho”.
E, no mais, resta o bom senso dos funcionários.