Pais e filhos precisam interagir mais durante atividades de férias

Criança em casa, nas férias, significa que ao longo do dia muita energia ficará acumulada. Uns viajam, outros vão para a casa de familiares, mesmo assim, os adultos ficam com a responsabilidade de desenvolver atividades que distraiam os pequenos.

Audilene Costa é mãe das gêmeas Ana Clara e Maria Eduarda, de sete anos. Especialmente esse ano, a programação de férias será bem diferente das anteriores. É que as três vão para o Rio de Janeiro. A promotora de eventos elaborou toda a programação que inclui visita aos principais pontos turísticos daquela cidade, incluindo a praia. “Elas estão bem animadas”, declara.

Mas, enquanto o embarque não acontece, as gêmeas aproveitam o tempo com a mãe para irem ao cinema e à praça. “Agora tem alguns dias que elas estão com o pai, mas me ligam dizendo que fazem pinturas, assistem filmes e brincam com as primas”.

A educadora física Marieta Brito explica que nessa época os pais ou responsáveis pelas crianças devem, juntos, buscar alternativas de lazer para que brinquem, aprendam e estreitem mais os laços familiares. “Ainda mais nos tempos de hoje”, conta.

Uma das opções são as colônias de férias oferecidas por instituições públicas ou privadas, principalmente nos meses de janeiro e julho, período do recesso escolar. Cita como exemplo a colônia do Clube Pérola da Ginástica, destinado à prática da Ginástica Rítmica para meninas. “Achei bem diferente (…) agrega a prática esportiva com a ludicidade”.

Em casa, assim como Audilene, os pais podem inserir a prática da pintura, bem como jogos em tabuleiro, recomenda Marieta. A educadora física, que também é mãe, revela a prática esportiva com a filha como o pedal pelo bairro. Ela alerta para o perigo do sedentarismo. A criança parada em frente à TV, ao computador e ao vídeo game, tem a possibilidade de se tornar sedentária, introvertida e antisocial. “Uma criança que, no futuro, não socializará, nem mesmo com a própria família”, conta.

Conforme Marieta, “as tecnologias em excesso podem deixar as crianças com desinteresse de vivenciar as práticas esportivas”, completa. A educadora esclarece que é importante a divisão de momentos com os filhos, fator contribuinte para o desenvolvimento infantil.

Por Yasmin Guedes

Foto: Arquivo Pessoal