Apesar da chegada das vacinas para conter a Covid-19 entre os adultos, as crianças, com idade abaixo de 12 anos, continuam sem a vacinação e por isso especialistas da área da saúde alertam para os cuidados com os pequenos durante as comemorações das festas de final de ano.
Alimentação, transporte e uso de máscaras estão entre as maiores dúvidas dos pais. Conforme o infectologista do Sabará Hospital Infantil, Francisco Oliveira, o uso de máscara é sempre a melhor prevenção contra a covid-19, assim como contra outros vírus respiratórios, por serem seguras e eficazes.
“Em primeiro lugar, em espaços fechados, é recomendado que todos continuem usando máscara na maior parte do tempo, tanto crianças quanto adultos, com uma máscara de boa qualidade bem ajustada ao rosto”, explica o infectologista. O médico lembra que para os bebês e crianças menores de dois anos não se recomenda o uso da máscara. O mesmo vale para crianças com necessidades especiais, que podem ficar agitadas com o uso da máscara, apresentando riscos.
Ele alerta para o fato do surgimento de novas variantes, que podem aparecer enquanto a pandemia não estiver controlada. “A variante Ômicron, por exemplo, ainda estamos aprendendo sobre o seu comportamento. Por isso, nos locais onde a cobertura vacinal não é adequada, é necessário continuar a não aglomerar, a utilizar máscaras a partir dos dois anos e usar álcool em gel. A pandemia não acabou e os cuidados, principalmente com as crianças e adolescentes [principalmente os não vacinados] devem continuar”, ressalta.
Sobre o transporte público, o médico lembra que ônibus, vans e carros de aplicativos são locais com alto risco de infecção. Assim, cabem maiores cuidados. “Em veículos coletivos, estações rodoviárias e aeroportos é importante estar sempre de máscara, manter distanciamento e utilizar álcool em gel”, diz.
Vale lembrar também que brinquedos pequenos ou que utilizam baterias também podem gerar riscos. “Esse tipo de brinquedo pode ser muito perigoso, pois ao ser colocado na boca, pode oxidar e causar perfuração na mucosa do esôfago ou da traqueia. A criança aspira o corpo estranho e, em vez de ir para o esôfago, vai para a traqueia obstruindo a respiração”, observa a médica Saramira Bohadana, chefe do Programa Aerodigestivo do Sabará Hospital Infantil.