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Professores da Estácio ensinam ‘faxina’ nas finanças em tempos de Covid-19

Nunca a educação financeira fez tanta falta como nos últimos tempos. Os especialistas da área sempre abordam questões importantes para planejar e aconselham: trabalhar para ter sobras e garantir uma reserva de emergência, mais necessária que nunca em meio a pandemia que acabou tirando a ocupação e o trabalho de tanta gente. E foi pensando nos ajustes nas contas, que a Estácio da Amazônia participou de um bate papo pela internet, a convite da Secretaria Estadual de Administração (Segad).

Os professores do curso de Contabilidade, Eduardo Merlim e Robson Silva, trataram também sobre a declaração do imposto de renda, lembrando que o Núcleo de Apoio Fiscal (NAF) continua o atendimento de forma gratuita em trabalho remoto, além de alertar sobre os perigos dos empréstimos consignados.

Ao abordar o tema ‘Finanças pessoais – desafios e tendências em tempos de Covid-19’, os professores apresentaram uma nova forma de enxergar o planejamento necessário para a educação financeira. O professor Robson afirmou que a metodologia faz uma associação à faxina doméstica que todos fazem em suas casas. Segundo ele, uma faxina nas finanças é o primeiro passo para começar a colocar ordem nos gastos.

Ele aponta que o início dessa limpeza precisará primeiramente da emissão dos extratos bancários dos últimos meses, de janeiro a junho de 2020. A partir daí, é preciso classificar a sujeira financeira em três etapas: sujeira pesada, a leve e a lambança. De acordo com os professores, a sujeira pesada está relacionada aos gastos fixos, necessários e que não é possível se livrar e muito menos deixar de pagar. “Ela estará para sempre em nossas vidas: é o aluguel, o IPTU, a conta de água e energia, mensalidade escolar do filho ou a própria mensalidade da faculdade. Não tem como se livrar de jeito nenhum”, ressalta Robson. Portanto, para essa modalidade, os professores indicam medidas drásticas. “E em se tratando de sujeira, somente uma esfregadinha não vai conseguir resolver. Se você percebeu que os gastos estão pesados e não estão cabendo no orçamento, é o momento de cortes e reduções”, explica.

Ele exemplifica que se o aluguel está alto é preciso mudar de casa. “Se a parcela do carro não cabe nas suas contas, troque ou venda o veículo. As medidas drásticas só podem ser usadas em alguns casos, porque quando se trata de o imposto, por exemplo, não tem como mudar. Então preciso abrir mão de outras coisas dentro dessa sujeira pesada para pagar o que não tem como negociar e nem mudar, como é o caso dos impostos”, completou.

Outra análise que é preciso ser feita no extrato bancário é quanto aos gastos considerados de “sujeira média”. Segundo os professores, nessa modalidade estão aqueles gastos relacionados ao consumo. A orientação aqui é tirar os excessos que acabam por acumular ao longo do mês e do ano e que ao final prejudicam a vida financeira de qualquer pessoa.

“Um exemplo aqui de sujeira média é a pessoa ir ao shopping para pagar uma conta de energia e na saída deixar o lugar com três sacolas de compras. Entra numa loja para tirar uma xerox e sai com uma caneta, ou qualquer outro produto que não era o foco naquele momento. Essas pequenas despesas caminham para um consumo altíssimo”, alerta Robson.

Por fim, os contadores observam que a última modalidade dessa ‘faxina’ trata da ‘lambança’. “São aqueles gastos que não estavam no radar, todavia, acontecem. Um exemplo disso é deixar de pagar uma conta e ser cobrado depois pelo atraso, como deixar de pagar o imposto de renda, que além de pagar a multa, o valor total sofre um acréscimo que chega a dobrar. Quando se começa a avaliar essas variáveis, a gente percebe onde está o gargalo da nossa vida financeira”, observa.

O professor Eduardo Merlim conclui explicando que não existe fórmula mágica para organizar a vida financeira. A única forma de resolver, segundo ele, é fazendo uma avaliação profunda sobre os gastos para descobrir “onde está pesando”. A gente vive um momento crítico, complicado para todo mundo, mas se a gente se organizar, parar e avaliar isso com tranquilidade, a gente pode tomar nossas decisões com mais tranquilidade para poder administrar esse novo normal”, afirma.

E o professor Robson aconselha: “E é preciso se questionar: Qual é minha prioridade? É sair com duas ou três sacolas do shopping ou pagar uma mensalidade da faculdade, a conta de energia e os impostos? Eu tenho que ter prioridades. E pra isso precisa fazer essa avaliação. Quando a gente começa a organizar nossos gastos, acaba sobrando recursos financeiros e aí você já pode voltar a fazer aquelas lambanças que todos nós gostamos”, explica.

Para acompanhar todas as orientações dos professores sobre finanças pessoais, basta acessar a página no Facebook da Secretaria Estadual de Administração (Segad), onde a live está salva: https://www.facebook.com/segadroraima.