O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) vai realizar nesta quarta-feira (16), a partir das 7h30, na Praça do Centro Cívico, em frente a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), mais uma mobilização com a finalidade de sensibilizar o Governo do Estado a atender as reivindicações da categoria, previstas em lei, como reposição salarial e as progressões, inclusive dos aposentados.
Essa é a segunda mobilização no mês de março. A primeira foi realizada no dia 9 e reuniu mais de 1,5 mil profissionais. Ambos os atos ocorrem simultaneamente em todo o país com organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE).
Em conta-gotas, a categoria vai se fortalecendo em busca dos direitos dos trabalhadores. Há tempos os educadores vêm sofrendo perdas, foram severamente impactados com a pandemia, e cobram o cumprimento do piso do magistério 2022, no valor de R$ 3.845,63, aliado a um terço de jornada extraclasse.
As prioridades da pauta local é a reposição salarial e o encaminhamento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos técnicos em educação. A categoria também reivindica o pagamento das progressões horizontais e verticais, bem como as progressões dos profissionais que já estão aposentados.
“A progressão dos aposentados tem que ser de imediato porque esses trabalhadores já contribuíram muito com o Estado e devem ter esse reconhecimento”, explicou o diretor do Departamento dos Professores do Sinter, Valdemar Junior.
A diretora do Departamento da Mulher Trabalhadora em Educação do Sinter, Antônia Pedrosa, contou que na reunião que ocorreu nesta segunda-feira (14) com a equipe do governo nada foi realizado, e que por isso é importante a categoria participar dessas manifestações. “A nossa mobilização vai acompanhar a nacional. Mas a nossa pauta aqui é a reposição salarial, a regulamentação do piso salarial dos técnicos em educação e a valorização dos planos de carreira por meio de concurso público, pois somos contra a terceirização na educação e a militarização escolar. Todos foram convocados e esperamos que a categoria compareça para fazer uma grande mobilização, pois nosso intuito é que o governador atenda nossas demandas”, disse Antonia.
O professor Valdemar ressaltou que a comissão do Sinter vai aproveitar a mobilização para tentar uma audiência com o presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio (PCdoB), que é oriundo também dos movimentos sociais e conhece bem a luta da classe trabalhadora, para pedir apoio nestas reivindicações da classe. “Queremos ser recebidos pelo governador e a secretária de Educação. Vamos pedir ao presidente da Assembleia para intermediar essa negociação. O governo alega que não dá a reposição porque outras categorias também vão querer. Mas o governo esquece que a educação tem um fundo especial, que é o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], para valorizar os profissionais da educação, com digna remuneração”, lembrou.
Outra situação que tem causado preocupação na classe é o homeschooling, que é chamada educação domiciliar. É um modelo de ensino que está além da unidade escolar. Nele os estudos acontecem em casa sob a responsabilidade dos pais ou dos professores contratados pelos pais do aluno.
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