Projeto de alunos do ensino fundamental ensina a reutilizar água em atividades domésticas

Alunos da escola do Sesi (Serviço Social da Industria), localizada na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, no bairro Aeroporto, desenvolveram um projeto simples, mas de suma importância para o meio ambiente e para a economia doméstica e industrial.

O projeto “o melhor uso das águas condensadas das centrais de ar da Escola Sesi”, resultou na descoberta da quantidade de água despejada pelas 22 centrais de ar das salas de aulas que funcionam das 7h às 18h, de segunda a sexta-feira, e foi escolhido para participar da XXIV Feira Estadual de Ciências do Estado de Roraima e da VI Mostra Científica de Química da Amazônia Setentrional, com a participação de oito estudantes do 4º ano B.

O estudante Victor Hugo Romoda,10 anos, foi um dos desenvolvedores do projeto coordenado pela pedagoga Vânia Monteiro. Ele conta que a experiência envolveu diversos campos disciplinares, entre eles a matemática. “Deixamos um balde das 7h às 18h para coletar a água que sai do motor das centrais. Vimos que cada uma gastou 73 litros de água por dia, 1.606 litros por mês e pode gastar aproximadamente 245 mil litros por ano”, detalha.

Victor explica que a reutilização acontece na lavagem da casa, do carro, regada das plantas, descargas de banheiros e alerta “que para o consumo humano ela é imprópria”. Segundo ele, a ideia saiu da escola e chegou até em casa onde a mãe faz o processo de reuso nas atividades domésticas. “A gente economiza bastante água agora e eu aprendi que é importante economizar água porque no futuro ela pode faltar”, conta.

A pedagoga responsável pelo projeto explica que o intuito é mostrar o quanto se gasta com uma central ligada e o que fazer para amenizar o impacto na natureza e na conta no final do mês. “Calculamos a medida das centrais da escola, o quanto é gasto por dia por elas e eles montaram o projeto com foco na reutilização dentro da própria escola”, frisa.

Para o próximo ano há a previsão para que os frutos desse trabalho sejam colhidos, de forma permanente, na própria instituição. É que a escola passa por reformas e a ideia será interligar a saída da água canos que levaram o líquido para as descargas dos banheiros. “Na reforma a direção está tomando uma medida para que essa água seja reutilizada”, conta Vânia.

Por Yasmin Guedes

Foto: Jailson Sousa