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Projeto reaproveita água de centrais para limpar escola no centro de Boa Vista

Dar exemplo aos alunos sobre como ser consciente com o consumo de água e como combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chinkungunya. Foi com este pensamento que a Escola Estadual Euclides da Cunha, localizada no Centro, criou o sistema de reaproveitamento de água que sai das centrais de ar-condicionado.

O projeto começou no ano passado e os resultados são visíveis. Os 600 litros de água captados por dia em duas caixas de 300 litros cada servem para lavar a quadra, as salas de aula e molhar as plantas. Agora a escola estuda uma forma de utilizar a água também nas descargas dos banheiros.

O primeiro passo foi dado pela professora de História Suelem Galvão com o projeto Permacultura. Logo depois, a ideia foi abraçada pela professora de Matemática Elisangela Helena, que montou a pracinha sustentável e, paralelo a isso, a professora de Geografia, Alzilene Rabelo, começou a calcular o desperdício da água que caia das centrais. “Repensar o meio que vive. Foi isso que propomos para os alunos. Pedimos para eles observarem algo que era desperdiçado na casa deles e o que poderia ser feito para evitar esse desperdiço”, explicou a professora Suelem.

O trabalho começou com os alunos do 9º ano e hoje o projeto envolve todos da escola. O sistema de captação de água também serviu para manter a pintura das paredes conservada e a eliminar possíveis criadouros do mosquito aedes. “Criamos o sistema de reutilização depois da revitalização da escola. Logo após a instalação de todas as centrais de ar, começou a ter desperdício grande de água, e sem falar das paredes e janelas que já estavam ficando com defeito devido à aglomeração de água que caia e nunca secava. Na época também estávamos com a campanha da Dengue, então resolvemos começar cuidando da própria escola”, disse a gestora Wuisilene Rufino.

NA PRÁTICA – A gestora explicou que não adiantava apenas mostrar aos alunos como deviam proceder em suas casas, era preciso de fato evidenciar de maneira concreta, foi então que as ideias começaram a criar forma. Primeiro foi feito um vídeo sobre a importância da água para que a escola pudesse participar do concurso Nacional “Descobrindo a Amazônia”, no qual foi vencedora. Em seguida, a campanha da Dengue impulsionou a fazer algo para acabar com os lodos que se formavam na área onde caia a água das centrais.

“Dessa forma apoiamos o projeto da Permacultura da disciplina de História com sua visão holística e sustentável. Depois envolvemos os alunos dos 8º e 9º anos com a disciplina de Matemática, que estava trabalhando com a sustentabilidade e a qualidade do ar que respiramos e percebemos que não tínhamos área verde na escola, foi então que a professora desenvolveu a pracinha” disse Wuisilene.

Segundo ela, a professora de Geografia entrou com a parte do reaproveitamento. “Inicialmente colocou-se um balde e vimos que logo enchia. Dai a turma da professora fez parceria com os acadêmicos de engenharia da Universidade Estácio, que fizeram as medidas. E assim fizemos a tubulação ligado por canos que caem em duas caixas de 300 litros diariamente”, explicou Wuisilene.

A estudante do 8º ano, Gabriela Prado, 13 anos, tem pouca idade, mas com uma preocupação enorme com o meio ambiente, em especial a água. “Sem água não sobreviveríamos. Se a gente não cuidar, ela vai acabar e sabemos que a água é um recurso finito”, comentou.

Fonte: Secretaria Estadual de Comunicação Social