Robô de sucata eletrônica cumpre missões para proteger a natureza

“Somos professores do Colégio Jesus Maria José, em Poços de Caldas (MG). Neste ano, desenvolvemos um projeto interdisciplinar com alunos dos quartos e quintos anos do ensino fundamental. A proposta envolveu integrar os conteúdos de ciências, robótica e programação para desenvolver um robô que percorreu o mapa do Brasil executando tarefas nos diferentes biomas brasileiros”.

A ideia surgiu porque já trabalhávamos juntos na área de tecnologia educacional do colégio. Como professores de programação e de ciências, decidimos juntar as duas coisas em uma atividade que as crianças adoraram.

Organizamos o projeto em etapas. Primeiro, os alunos tiveram que fazer pesquisas sobre os biomas brasileiros, identificando as características e os problemas de cada um. Com esse diagnóstico, eles fizeram desenhos de cada bioma para a confecção de um tapete, onde robô iria executar as atividades e desafios propostos.

Para criar o robô, pedimos que alunos trouxessem materiais eletrônicos que não tivessem mais em uso dentro de casa. Juntos, desmontamos esses equipamentos e aproveitamos as peças para começar a elaborar nossos protótipos.

Com os protótipos prontos, os alunos conseguiram visualizar melhor o funcionamento das peças. A partir daí, seguimos para a construção e programação do robô.

Tendo como base os problemas levantados pelos alunos durante a etapa de pesquisa, criamos tarefas para o robô cumprir em cada bioma. No Pantanal, por exemplo, ele tinha que resgatar jacarés que estavam presos. Já na Amazônia, a missão era prender traficantes de madeira. Cada bioma tinha uma tarefa a ser executada.

Além de programação e ciências, o projeto também envolveu trabalho em equipe e raciocínio lógico. Os alunos também aprenderam um pouco sobre eletrônica e reciclagem de aparelhos eletrônicos.

O projeto envolveu 14 crianças, em uma média de 9 a 10 anos. Todos os alunos ficaram superenvolvidos e demonstraram muita expectativa. Durante todo o processo, nos transformamos em mediadores para que eles pudessem partir em busca do seu próprio conhecimento.

Todos os alunos que participaram desse projeto demonstraram muito desenvolvimento de lógica e conhecimento científico. Também houve uma melhora muito grande entre os alunos, que passaram a buscar novos conhecimentos.

Fonte: http://porvir.org/