Mesmo disponível em quantidade suficiente nos postos de saúde dos 15 municípios de Roraima, a vacina contra o HPV não tem sido procurada pelo público-alvo determinado pelo MS (Ministério da Saúde). A situação preocupa o NEPNI (Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunização), uma vez que esse imunobiológico evita o desencadeamento do vírus que pode ocasionar os cânceres de útero, pênis e boca. Além disso, municípios possuem um estoque considerável da vacina com prazo de validade próximo do vencimento.
Para a coordenadora do NEPNI, Amanda Antunes, a situação está associada à desinformação dos pais sobre os benefícios da vacinação. “Quando se trata da vacinação para adolescentes, notamos a desinformação de muitos e o receio por desconhecer o papel da vacina, que tem como objetivo proteger contra doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV”, explicou.
A vacina contra HPV está disponível para os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos e meninas de 9 até 14 anos. O NEPNI possui a meta de atingir a cobertura vacinal de 90%, mas até agora, o Estado está com cobertura vacinal de aproximadamente 25% na faixa etária de 9 a 14 anos. Na segunda dose, que ocorre após seis meses, foram registrados 13% de cobertura, considerado um índice muito baixo.
Neste ano houve a inclusão de meninos de 12 e 13 anos no Calendário Nacional de Vacinação do SUS (Sistema Único de Saúde) e neste público, a cobertura da primeira dose é de 25%. Os meninos começaram a ser vacinados no começo do ano e a segunda dose deve ser aplicada em julho.
DOENÇAS – O HPV é um vírus que pode causar câncer do colo do útero e verrugas genitais. Ele é altamente contagioso e a a transmissão acontece, principalmente, pelo contato sexual. A vacina distribuída no SUS é quadrivalente, ou seja, protege contra os quatro tipos de HPV. Além da vacina, a prevenção contra esse tipo de câncer também continua envolvendo o uso de preservativo e o exame Papanicolau, que identifica possíveis lesões precursoras do câncer que, tratadas precocemente, evitam o desenvolvimento da doença.
Fonte: Secretaria Estadual de Comunicação
