Iniciativa busca preencher lacunas na educação superior e na produção científica sobre o tema no estado
A Universidade Estadual de Roraima (UERR) anunciou neste Dia dos Povos Indígenas, a constituição da Comissão de Educação Escolar Indígena da UERR, e a nomeação do Coordenador Geral do Centro de Apoio Acadêmico aos Povos Indígenas da UERR (Prof. Dr. Serguei Camargo), ambos relacionados ao Programa Institucional de Implantação do Centro de Apoio Acadêmico aos Povos Indígenas (CAPI/UERR), respondendo à necessidade de programas educacionais que atendam às demandas dos professores e das comunidades indígenas de Roraima.
O CAPI/UERR visa fortalecer a formação de professores na Educação Escolar Indígena, preenchendo lacunas na educação superior e na produção científica sobre o tema no estado. “Mais do que um centro acadêmico, o CAPI se propõe a ser um agente transformador na promoção da Educação Escolar Indígena em Roraima, contribuindo para o empoderamento das comunidades e o desenvolvimento sustentável da região”, aponta o reitor Dr. Cláudio Travassos.
Essa demanda foi identificada durante o planejamento estratégico institucional da UERR e reforça seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico e cultural do estado. O reitor explica que a iniciativa busca tanto aproximar a Universidade das comunidades indígenas, quanto estabelecer políticas internas que possam auxiliar na melhoria das condições acadêmicas dos professores indígenas, impulsionando a sua qualificação profissional e desenvolvendo o capital intelectual das comunidades. Isso permitirá, com o tempo, o aprimoramento da qualidade da educação das crianças e adolescentes indígenas, preservando suas identidades culturais.
O CAPI será viabilizado por meio de diálogo, transparência e interculturalidade, sob a responsabilidade da Comissão de Educação Escolar Indígena da UERR, que possui representantes indicados pelas organizações indígenas. As políticas internas desenvolvidas pela Comissão terão como prioridade a viabilização das questões indígenas na instituição, buscando garantir o acesso, a permanência e o sucesso dos estudantes indígenas nos cursos e ações oferecidas.
Além disso, a Comissão também poderá sugerir a oferta de cursos de formação inicial e pós-graduação para professores indígenas, em consonância com as necessidades das comunidades e os Fundamentos Gerais da Educação Escolar Indígena. As políticas e ofertas serão divulgadas conforme a aprovação pela Comissão e pelo Conselho Universitário. Também serão incentivadas a produção científica e as práticas de pesquisa com temáticas indígenas, visando o fortalecimento da cultura dos povos e a criação de Grupos de Estudos e Pesquisas em educação indígena.
A extensão universitária será outra frente de atuação, com busca de oferta de cursos e eventos colaborativos com as organizações indígenas, de modo que as iniciativas institucionais sejam elaboradas e planejadas em conjunto com a Comissão, visando projetos educacionais para escolas indígenas e apoio a iniciativas diversas que beneficiem os povos indígenas de Roraima.
Esse programa, concluir o Reitor, representa um novo momento institucional para a UERR, ainda mais comprometido com as questões locais e interculturais. “É uma conquista importante para os povos indígenas de Roraima, uma vez que promove o desenvolvimento socioeconômico, educacional, científico, político e cultural das comunidades e, com isso, do próprio estado de Roraima”, finalizou.
Foto/Arquivo UERR: Pró-Reitora de Extensão e Cultura, Profa. Isabella Coutinho, em reunião com lideranças indígenas participantes de projetos de extensão da UERR.—
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