A vida cotidiana agitada, principalmente na área urbana, tem tornado as pessoas escravas do uso do celular, isso porque em muitos campos da atividade humana, parte significativa das demandas estão sendo resolvidas por meio de aplicativos acessados via celular. Mas será que os usuários deste aparelho que faz quase tudo se vê na condição de escravo?
É exatamente isso que pretende a Escola do Legislativo, ao promover a palestra com a temática ‘Vício em Celular: Uma ameaça ao Bem-Estar Físico, Mental e Social’, que será ministrada pela psicóloga Camila Sales Lima, na próxima quinta-feira, 05, no horário de 18h as 22h, na unidade localizada na avenida Agnelo Bittencourt, 232 – Centro. A palestra será aberta à comunidade em geral.
“O que motivou a palestra é o fato do uso excessivo do celular está afetando nossas relações cotidianas, nossa saúde e nosso psicológico, aumentado assim à ansiedade e a compulsão de checar mensagens por ser mais fácil, o que acaba nos acomodando”, justificou Camila.
Ela observa que o demasiado uso tem restringido as interações tanto no trabalho quanto na família. “Observa-se prejuízos de comunicação entre as pessoas. Mas elas não reconhecem o vício, e acabam achando que é uma coisa normal do cotidiano, e que todo mundo faz. Quando olhamos mais atentamente para a pessoa, vemos que ela leva celular até para o banheiro e conversa com os outros lendo as mensagens. Distrai-se facilmente porque a atenção diminui por causa do excesso de uso tecnologia, de informações que chegam”, explicou.
Segundo a psicóloga, sem perceber o vício, muitos atribuem essa desatenção à falta de memória. “E não é isso. É problema de atenção, que hoje não tem tanto foco como costumava ter antigamente, quando a tecnologia não estava tão presente”, alertou Camila, ao salientar que o vício está presente em todas as faixas etárias, e por esse motivo é um tema que se faz necessário discutir.
E como mudar esses maus hábitos? É exatamente essa abordagem que Camila Sales pretende trazer aos participantes. “Durante a palestra vamos fazer algumas interações para as pessoas se reconhecerem neste papel de escravo da tecnologia, que muitas vezes se sente como se perdesse um membro se não estiver com o celular próximo ou checando sempre as mensagens. É uma espécie de fobia, o medo excessivo de ficar sem o celular. Assim como vamos abordar o uso da tecnologia para registrar tudo, que faz o sujeito deixar de aproveitar o momento nas relações efetivas para interagir com as redes sociais, além da redução da produtividade no trabalho”, ressaltou.
No decorrer da palestra os participantes também vão poder conhecer os prejuízos materiais e as doenças que resultam pelo uso excessivo das tecnologias, como a dificuldade de relaxar para atingir o sono profundo, por causa do excesso de luz azul, além de tendinite, dores no pescoço, nas mãos, na cabeça, aumento da ansiedade e do isolamento social, que pode levar a depressão pela restrição do contato físico com as pessoas.
Fonte: SupCom ALERR