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Vai viajar nessas férias? Saiba o que fazer para deixar a casa mais segura

Quando o final de ano chega, muita gente aproveita as férias das crianças para curtir uma boa e longa viagem em família. Mas no momento seguinte de toda a organização da viagem, vem a preocupação: deixar a casa desocupada por muito tempo é um prato cheio para bandidos. E o que fazer para manter sua casa mais segura nesse período que estará ausente?

O EducaRR convidou o especialista em Gestão Estratégica de Segurança Pública, Francisco Medeiros de Castro, tenente-coronel da Polícia Militar de Roraima, para dar dicas de medidas que podem ser adotadas antes de pegar o avião rumo às merecidas férias. Segundo ele, a segurança pessoal e residencial precisa fazer parte do planejamento de viagem. “Muitas famílias só se dão conta de que a residência ficará fechada quando estão prestes a embarcar”, diz.

Ele afirma que os cuidados são diversos e existem procedimentos considerados bem simples até os mais complexos para deixar a casa menos vulnerável à ação de criminosos durante o período de férias. “Mais importante do que vários dispositivos de segurança, é o estabelecimento de medidas que transmitam a impressão de que a casa não estará fechada nesse período”, orienta.

Abaixo, siga as dicas do especialista:

1. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA: O coronel explica que existem os tecnológicos (cercas elétricas, sensores de porta e janela, etc) e os tradicionais (refletores, cachorros, trancas reforçadas, etc). Mas além de todos eles é importante também deixar uma pessoa de confiança (familiar ou amigo) para ir a sua na casa, diariamente, para as tarefas rotineiras como molhar plantas, dar comida aos gatos e cachorros “a fim de que se passe a impressão de sempre tem alguém em casa”.

Na hora de instalar os dispositivos de segurança, ele orienta colocá-los nos pontos da casa onde apresentam vulnerabilidade como os portões, portas e janelas. “Os sistemas de monitoramento de imagem residenciais hoje em dia se mostram extremamente eficientes, à medida que você pode acompanhar esse monitoramento a partir de dispositivos telefônicos móveis, bastando ter uma internet boa para conseguir visualizar as imagens de sua casa, em tempo real, onde quer que você esteja”, ressalta.

Para quem não tem muitos recursos para a aquisição de sistemas de segurança, o especialista afirma há medidas tradicionais extremamente eficientes na prevenção ao furto de residências. “Desde o próprio reforço de portas e janelas com trancas, até um dos dispositivos de segurança utilizados há mais tempo pelo homem: o cão! O cachorro pode ser considerado um dos dispositivos de segurança mais eficaz e com baixo custo de investimento para aquisição. Para isso, enfatiza-se a importância de se deixar uma pessoa responsável para providenciar a alimentação diária do animal”, lembra.

2. PESSOA DE CONFIANÇA: Sempre que for viajar combine com alguma pessoa de confiança para visitar a casa de vez em quando. Segundo o especialista, isso dará a impressão de que a casa está sempre movimentada. “Bandidos especializados em furtos de residência dispõem de bastante tempo para escolher seus alvos, com base nas evidências que constatam em suas observações. E manter a casa sempre movimentada, é um fator de dissuasão para esses casos”, explica.

3. CAMUFLAR A CASA VAZIA: Francisco Castro observa que, além da ida de um amigo ou familiar durante esse período, existem outras medidas que “precisam ser adotadas para não evidenciar que a casa se encontra sozinha e fechada nesses períodos”. Uma delas é evitar as luzes externas acesas durante o dia. A sugestão do especialista é estudar a possibilidade de instalar dispositivos de acendimento automático de lâmpadas.

Outro ponto é não deixar acumular cartas e correspondências nas caixas de correio da residência. “Por isso, a importância de se pedir que alguém, diariamente, compareça a casa, para também recolher as correspondências”, reforça. Outro cuidado é evitar colocar cadeados do lado de fora do portão. Segundo, é a maior prova de que não há ninguém em casa. “Também se recomenda que as campainhas e porteiros eletrônicos fiquem desligados nesse período de ausência, pois muitos infratores constatam que a residência está vazia e, portanto, vulnerável, acionando a campainha e constatando que ninguém a atende. Com a campainha/porteiro eletrônico desativados, o possível infrator ficará na dúvida se há ou não alguém no interior da casa”, explica.

4. REDE DE CONTATOS: Uma última dica do coronel da PM é quanto a se utilizar as novas tecnologias a nosso favor como, por exemplo, os aplicativos de mensagens e redes sociais em que os vizinhos podem participar de um grupo em comum “para facilitar o compartilhamento de informações relacionadas à segurança do seu bairro ou sua rua”.

Investimento para ressarcir prejuízos

Por fim, o especialista explica que o seguro residencial, apesar de não ser propriamente um dispositivo de segurança, é um investimento que visa ressarcir o proprietário em caso de prejuízos por conta de roubos ou furtos durante o período em que a casa estiver vazia. “Mas deve-se observar que as seguradoras que cobrem esse tipo de serviço, geralmente, exigem do proprietário condições que, por si só, já se constituem em grandes medidas de segurança preventiva. E claro, antes de contratar um seguro desse tipo, analisar o grau de credibilidade da empresa no mercado”, observa.